O Festival da Virada de Arcos, programado para ocorrer entre os dias 28 e 31 de dezembro, foi cancelado por decisão judicial emitida pela Vara Plantonista da Microrregião XV, atendendo a uma Ação Civil Pública movida pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com a decisão publicada na tarde/noite deste sábado (28/12) pelo juiz Altair Resende de Alvarenga, o cancelamento do evento foi fundamentado na "falta de planejamento adequado para a segurança do evento". Conforme apontado pelo Ministério Público, a Prefeitura de Arcos comunicou a Polícia Militar sobre a realização do festival apenas no dia 27 de dezembro, menos de 24 horas antes do início das atividades, o que inviabilizou a elaboração de um plano de segurança adequado para garantir a proteção dos participantes e a ordem pública.
Conforme apontado na decisão, os shows incluiriam atrações como Chiclete com Banana, Fernanda Garcya, Pedro Rodrigues e Amanda Alves, com estimativa de público variando entre 3 mil e 6 mil pessoas, dependendo do dia. No entanto, o efetivo policial disponível seria insuficiente para garantir a segurança dos participantes, com apenas 5 a 8 policiais designados por dia.
O juiz Altair Resende de Alvarenga destacou na decisão que "a ausência de planejamento e comunicação prévia comprometeu a segurança do evento, considerando ainda a possibilidade de tumultos e riscos à integridade física dos presentes." A tentativa de solucionar o problema em audiência de conciliação foi frustrada pela recusa da Prefeitura em participar, alegando falta de tempo hábil.
Em sua decisão, o magistrado determinou a suspensão imediata do festival e fixou multa de R$ 500 mil em caso de descumprimento.
O cancelamento gerou repercussão na cidade e nas redes sociais, com opiniões divididas entre os que apoiam a decisão judicial e os que lamentam a suspensão das festividades.
A Prefeitura de Arcos ainda não se manifestou oficialmente sobre o cancelamento.
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